The New Abnormal

The New Abnormal

Ouça o novo disco:

Tradução: Julian + The Voidz, para L’Officiel Hommes Paris

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Na edição de Outubro da revista francesa L’Officiel Hommes Paris, foi publicada uma breve entrevista com Julian Casablancas + The Voidz e fotos lindas. Leia nossa tradução abaixo.

Julian Casablancas & The Voidz – A união faz a força

O cantor dos Strokes estava entediado. Felizmente, depois de bons rifos de guitarra com cinco de seus amigos, ele reencontra alegria, um grupo e um novo disco.

Os verdadeiros ícones tem várias vidas. Seriam gatos? Os místicos reencarnam com as estações? Surgido em 2001 com sua banda, os Strokes, rapazes bem vestidos sob uma mina negligenciada, Julian trouxe ao gosto popular o rock em couro apertado, desaparecido das telas. Sobre os discos (às vezes excelentes, às vezes nem tanto) dos estranhamentos (numerosos, vaporosos), as colaborações (David Lynch e Mark Linkous ou Daft Punk), Julian Casablancas se desenrolou. O encontro com Voidz, como se fosse uma colagem, mas com verdadeiro saber-fazer musical, parece ter reacendido a chama. Como prova, Tyranny, um primeiro disco ardente, emocionante e político.

Por que a associação dos nomes?

Julian: Porque é um grupo novo.

The Voidz: Julian apenas, as pessoas pensariam que ele juntou um grupo de músicos num lugar apenas para gravar um disco.

Julian Casablancas + The Voidz: é um álbum que nasceu de um processo colaborativo real. Foram necessários vários anos para criar a alquimia necessária para os membros se tornarem um grupo.

Poucas pessoas sabem que você compôs a maioria das músicas dos Strokes. A dinâmica mudou neste projeto?

Julian: Meu sonho sempre foi fazer parte de um grande grupo musical. Mesmo que eu ame escrever as músicas, meu ideal sempre foi colaborativo.

Este álbum soa particularmente orgânico em sua fusão de punk e jazz. Como esse casamento aconteceu?

The Voidz: Passamos muitas noites mudando. Todos esses estilos diferentes, gêneros, são o resultado de nossas personalidades.

Desde quando vocês se conhecem?

Julian: desde mil sonhos!

The Voidz: Dois anos.

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De qual tirania fala o álbum, seu rancor com a indústria de discos ou os conflitos do mundo?

Julian: pra mim, os dois são paralelos.

The Voidz: exatamente, a atmosfera política no mundo e na indústria de discos.

O disco saiu em seu selo, Cult. Como você gerencia essas duas coisas?

Julian: Sempre achei bizarra a ideia de entregar minha música a um homem de negócios que se encarregaria de lança-lá a meus fãs. Em dado momento, entendi que a única forma para fazer as coisas à minha maneira era fazer eu mesmo.

Você parece realmente orgulhoso deste disco?

Julian: Para mim, é o cumprimento de todas as coisas que queria fazer ao longo de minha carreira musical. É legal, original, anticonformista, agressivo e sombrio, mas acessível. Estou realmente empolgado.

Você fundou os Strokes em 1999. Em quinze anos de carreira, o que mudou?

Julian: Estou bem mais completo e ouço mais música obscura que quero reinterpretar.

O que você ouve agora?

Julian: estilos diferentes como Aphex Twin, Mac DeMarco, Future Islands.

Onde vocês gravaram o disco?

The Voidz: Em Nova Iorque, Union Square. Tivemos acesso a um andar inteiro durante cinco meses. Pudemos instalar um estúdio-casa só para nós.

Julian: Era uma comunidade de artistas.

The Voidz: Nós vivíamos juntos. Quase todas as noites, a partir das 16h e até as 7h da manhã nós tocávamos.

Vocês não foram ao Cabin, o mar mítico da East Village?

Julian: Se fomos? Acho que você instalou uma câmera de segurança no estúdio… Claro que fomos! E há duas noites.

Ouvi dizer que você gravou duas músicas com Daft Punk…

Julian: A segunda era uma demo. Não era comercial, é estranha e é isso que eu amo. Precisamos terminá-la, espero que em breve!

O disco termina dom Off to War… vamos à guerra. É um apelo?

Julian: Não iremos, estamos em guerra! Você é francês, sabe do que eu estou falando… vocês amam manifestações. Vocês tem centenas de anos de treinamento!
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Fonte: She’s fixing her hair
Tradução: Equipe TSBR