The New Abnormal

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Ouça o novo disco:

BBC: RESENHA DE COMEDOWN MACHINE

Continuam vindo mais e mais resenhas. Essa foi publicada no site da BBC, dia 13 de março, e o original vocês podem conferir no link ao final do post.
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Músicas pop brilhantes – e algumas vezes, isso é tudo que realmente importa. por James Skinner

Pra todos que estavam na imprensa musical na virada do século, The Strokes eram onipresentes.

Aclamados como os salvadores da cena alternativa que tinha crescido e estava estagnando, eles explodiram nas mentes do público com o EP The Modern Age seguido de Is This It, um dos mais perfeitos álbuns de estreia da história recente.

A carreira deles desde então – assim diz o senso comum – é uma curva decrescente: álbuns que nunca alcançaram a referência inicial, brigas internas, lançamentos solo e um longo hiato.

Mas talvez seja a hora do senso comum ser um pouco revisto. Depois de tudo, o triunfo de Is This It não derrubou o apelo da estética desgrenhada nem a ideia de que a banda seja um azarão.

Celebrando o passado enquanto buscam algo contemporâneo e significativo, a estreia foi bem sucedida porque estava cheia de brilhantes canções pop.

E aqui está o negócio: The Strokes sempre tiveram brilhantes músicas pop. Talvez não seja tão fácil esses dias: as gravações para Angles, 2011 teriam sido cheias de tensão.

Claro, talvez a magia inicial não seja sentida tão fortemente. Mas o acertar-e-errar que perpassa toda sua discografia é notável.

O mesmo acontece em Comedown Machine. As músicas aqui podem demorar um pouco mais para emplacar que as predecessoras, mas nenhuma delas tem uma nota falsa. Embora a marcante assinatura do grupo esteja presente e correta, elas formam o pano de fundo para uma ampla variedade de estilos e abordagens.

Mais do que nunca, a ênfase está em um groove apertado como a faixa de abertura Tap Out. A seguinte All the time é bem como manda o figurino, mas os sinais ‘A-Ha’ de One way trigger são um pouco estranhos e mais originais.

A quase-música-título 80’s Comedown Machine é uma grande representante da década, como o nome indica. Ela encontra Julian Casablancas em uma forma pesarosa e mostra como The Strokes se abrem a novas possibilidades aqui.

Welcom to Japan é sedutoramente estranha, Slow Animals apresenta um agridoce refrão, enquanto finalmente Call it Fate, Call it Karma é, de algum modo sonhadora, a coisa mais incomum que eles já fizeram.

Músicas pop brilhantes, então. Algumas vezes, isso é tudo que realmente importa.

Fonte: BBC Reviews

Tradução: Equipe TSBR